Racismo e capitalismo: como os ricos fazem da vida do negro um inferno

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Onde estão os negros? Mesmo nos países onde os pretos e pardos são a maioria, a gente não vê eles onde deveriam estar. O Brasil, por exemplo, tem mais de 100 milhões de negros, porém poucos estão nos espaços ocupados pelos brancos. Faça o teste você mesmo. Pense nos seus amigos ou colegas de trabalho negros. Quantos são? Quase ninguém, não é verdade? Ter negros ao seu lado é algo muito raro. A menos que você seja um gari, flanelinha, camelô, etc. Aí, eles aparecem. Você não acha isso estranho?

Na verdade, a primeira questão deveria ser “como os negros ainda conseguem estar vivos?” No capitalismo, esse é o primeiro grande desafio deles. E a história dos poucos que têm a sorte de chegar até a velhice é cheia de sofrimento. Desde a infância até a velhice. Não existe fase fácil para as pessoas negras. E para saber onde elas estão basta dar um giro pequeno pelos bairros pobres da cidade. Os pretos e pardos vão estar nos piores lugares, nos piores trabalhos e nas piores situações.

Você só vai entender perfeitamente o que estou falando se for um negro. Caso não, mesmo que você seja um branco favelado, é muito improvável que tenha vivido na pele cada detalhe da agonia negra em países capitalistas. Debaixo dos pés do rico, os pobres sofrem e não passam de peças de carne, mas os negros são os pedaços mais baratos. E como eles foram colocados nessa situação?

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Acima, Garis sendo homenageados no Centro do Rio de Janeiro em 2012. A celebração se deu no dia do Gari que é comemorado em 16 de maio; abaixo, Futuros médicos posando em foto de formatura na Praça Rui Barbosa em Curitiba em 2011. Mesmo os negros e pardos sendo a maioria da população brasileira, veja onde eles estão.

A história começa quando os pretos e pardos se tornam o alvo principal da escravidão. Vender e comprar negros tinha se tornado um um negócio muito lucrativo. A cor da pele se torna, então, uma das principais justificativas dos brancos para tratar os negros como se fossem bichos. É aí que o racismo ganha força como uma coisa tipicamente capitalista, o que termina jogando os negros para a parte mais terrível desse sistema infernal.

E ai daqueles que não aceitassem ser escravos. Fora outros castigos, os rebeldes podiam ser chicoteados até abrir a carne; ficar amarrados a um pedaço de madeira por semanas; ter os dedos esmagados até quebrar os ossos lentamente; passar meses com focinheiras de ferro; receber coleiras com hastes de modo a não conseguir deitar ou para dificultar a fuga; ser deixados pra morrer devagar após ter pedaços do corpo decepados; ser pendurados com ganchos enfiados entre as costelas; ou ser jogados aos cães para ser estraçalhados.

Com o tempo, a escravidão foi ficando feia e, claro, menos lucrativa. Então, os brancos decidem “soltar” os negros, que saíram das senzalas. Mas foram empurrados pras favelas, pros subempregos, pros presídios e para o extermínio. Ou seja, a escravidão foi apenas maquiada.

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As focinheiras serviam como castigo para escravos que se atrevessem a responder ao senhor, mas também eram colocadas durante a colheita da cana-de-açúcar para impedir que escravos famintos e sedentos chupassem a cana.

As raças humanas existem, não dá pra negar isso. E a graça está justamente nessa variedade e mistura dos tipos humanos. Você já imaginou que chatice um mundo com pessoas da mesma cor, altura, formato de rosto, etc.? O mal está no modo como a gente encara a diversidade. Por exemplo, é algo terrível pensar os seres humanos como raças inferiores e superiores. Mas o capitalismo se baseia nisso, e o racismo é só mais uma das faces desse sistema.

Os ricos precisam da desigualdade e do racismo para lucrar. Na ditadura dos ricos, as pessoas se tornam maníacas em querer estar acima dos outros. Se elas juntam dinheiro, se sentem superiores; se adquirem algum conhecimento, se sentem superiores; se têm a pele mais clara, se sentem superiores.

O Comunismo é o oposto dessa loucura capitalista. Foi com a revolução comunista, ocorrida há uns 100 anos na Rússia, que nasceu também a luta mundial contra o racismo. Os comunistas editaram as primeiras leis contra o racismo, garantindo direitos iguais a todos os cidadãos e punindo quem tentasse privilegiar, limitar, desprezar ou excluir os outros por serem desta ou daquela raça.

Os negros ainda levam a mais infernal das vidas no capitalismo. Mas com o Comunismo se espalhando pela Terra, eles se fortalecem na luta por sua humanidade que os poderosos insistem em arrancar. Os comunistas não querem apenas quebrar as correntes. Querem a igualdade na diversidade das raças.

Um comentário em “Racismo e capitalismo: como os ricos fazem da vida do negro um inferno

  1. Os negros podem ter sofrido sim, concordo, mas eu acho uma mentira esse site comunista dos infernos dizer que todos os negros sofrem. Eu sou negra e não moro em favela, nunca passei fome e tenho uma ótima casa e uma boa vida

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